Força-tarefa identifica responsáveis por incêndio criminoso no Parque Estadual da Pedra Branca

Investigação rápida aponta culpados por destruição de 45 mil metros quadrados de Mata Atlântica na Zona Oeste do Rio.

Uma ação integrada entre o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) resultou na rápida identificação de três indivíduos responsáveis por um incêndio criminoso que devastou uma área de mais de 45 mil metros quadrados de Mata Atlântica no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O fogo, causado pelo uso indevido de rojões pelos investigados na última terça-feira (11/3), comprometeu significativamente a vegetação nativa, causou a morte de animais silvestres e deixou um rastro de destruição em uma das mais importantes áreas de preservação ambiental da cidade.

De acordo com o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, o incêndio foi de grandes proporções, exigindo um efetivo considerável para seu controle. “O incêndio no Parque Estadual da Pedra Branca destruiu 4,5 hectares de mata e levou quase 20 horas para ser contido. Essa extensão equivale a quatro campos de futebol afetados. Para debelar as chamas, contamos com o trabalho de 13 guarda-parques, 14 bombeiros e até o apoio de um helicóptero”, destacou o secretário.

A investigação teve início logo após o Núcleo de Defesa Florestal do Inea comunicar o incidente à DPMA. Em menos de 24 horas, três dos quatro responsáveis foram identificados por meio de imagens divulgadas nas redes sociais. Nos vídeos, os suspeitos aparecem utilizando rojões para promover rifas ilegais. As gravações foram fundamentais para a identificação e envolvimento do grupo no crime ambiental. Ao perceberem que o fogo havia saído do controle, os indivíduos fugiram do local sem notificar as autoridades, agravando ainda mais os impactos ambientais.

Com base nas provas coletadas, a DPMA solicitou e obteve mandados de busca e apreensão em quatro endereços ligados aos suspeitos. A operação, realizada com apoio da Delegacia do Consumidor (DECON), teve como objetivo reunir mais elementos que possam contribuir para a responsabilização dos envolvidos.

Além das penalidades previstas na esfera criminal, os investigados também sofrerão sanções administrativas impostas pelo Inea. A multa aplicada é de R$ 5 mil por hectare queimado, podendo ser ampliada devido à perda da fauna local e à gravidade dos danos ambientais.

A população pode contribuir com a fiscalização e combate a crimes ambientais fazendo denúncias, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia, no número 2253-1177.

Artigo anteriorPrefeita de Araruama,Daniela Soares, oficializa filiação ao PL em evento com lideranças políticas
Próximo artigoEncontro de Carros Antigos se Consolida como Atração em Cabo Frio