Um lobo-marinho foi encontrado na tarde desta segunda-feira (23) na Praia da Figueira, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, surpreendendo moradores e visitantes. Acredita-se que o animal seja o mesmo que, nos últimos dias, foi avistado em diferentes pontos do litoral do estado, incluindo Ipanema, na Zona Sul do Rio, além de Niterói e Maricá.
Os biólogos que acompanham o caso explicam que o animal, um lobo-marinho jovem de sexo masculino, recebeu o apelido de “Joca” durante sua estadia de dois dias em Ipanema, na semana passada. Lá, ele virou atração e recebeu atenção especial de cariocas, turistas e especialistas ambientais que monitoraram sua passagem para garantir sua segurança e bem-estar.
A aparição de lobos-marinhos no litoral sudeste do Brasil não é impossível, mas é rara nesta época do ano, quando as águas mais quentes dificultam a migração desses animais, normalmente vindos de regiões de clima mais frio, como o extremo sul do continente. Segundo os biólogos, “Joca” parece ter se afastado de sua rota natural de migração, traçando um caminho inusitado pelo litoral fluminense.
Sua primeira aparição notória foi registrada na quinta-feira (19), em Ipanema, onde o lobo-marinho chamou atenção ao sair do mar e descansar na areia. Ele foi monitorado de perto pela equipe de biólogos para evitar interações inadequadas. No dia seguinte, Joca deixou a área para seguir viagem. Após desaparecer por algumas horas, voltou a ser avistado no fim de semana em Niterói e Maricá, até reaparecer agora em Arraial do Cabo.
Em nota, a Guarda Ambiental de Niterói esclareceu que, ao identificar um animal marinho como o lobo-marinho Joca, é essencial acionar as autoridades competentes pelo número 153, para que especialistas isolem a área e tomem as medidas necessárias para preservar sua integridade e a segurança das pessoas.
De acordo com os especialistas, no último encontro registrado em Ipanema, o animal demonstrava estar saudável e em boas condições. “Apesar de parecer tranquilo descansando na areia, ele percorreu grandes distâncias e provavelmente está explorando novos territórios. É incomum, mas pode ocorrer, especialmente com indivíduos mais jovens, como este”, explica um biólogo envolvido no monitoramento.
Por enquanto, a recomendação para quem avistar o lobo-marinho é manter uma distância segura, evitar tocar no animal ou oferecer alimentos, além de acionar as autoridades locais para que o monitoramento especializado possa ser realizado.
