Justiça do RJ decide manter Monique Medeiros presa

Tribunal reafirma necessidade da prisão preventiva da acusada no caso Henry Borel

Monique Medeiros durante audiência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; Justiça decidiu manter sua prisão preventiva - Fernando Frazão/Agência Brasil

Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiram, por unanimidade, manter Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida presa. A decisão vem após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para que o colegiado do Judiciário fluminense reavaliasse a necessidade da medida cautelar. Monique é acusada de envolvimento na morte de seu filho, Henry Borel, ocorrida em março de 2021.

A defesa da acusada argumentava que a reavaliação da prisão deveria ser feita pelo juiz de primeira instância. No entanto, o Código de Processo Penal prevê que a revisão da prisão preventiva deve ser realizada pelo mesmo órgão que a decretou, que, neste caso, é a 7ª Câmara Criminal do TJRJ.

Decisão enfatiza necessidade da prisão preventiva

O relator do caso, desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, destacou que a manutenção da prisão preventiva é essencial para garantir a ordem pública e assegurar o prosseguimento adequado da ação penal.

“Faz-se necessária a manutenção da custódia preventiva, no caso concreto, notadamente para a garantia da ordem pública, conveniência da instrução e para assegurar o máximo possível a aplicação da lei penal”, justificou o magistrado.

Além disso, o desembargador determinou que as petições anexadas ao processo, que relatam supostas agressões sofridas por Monique no Instituto Penal Talavera Bruce e a suposta negligência das autoridades responsáveis por sua custódia, sejam encaminhadas à 2ª Vice-Presidência do TJRJ e ao procurador-geral de Justiça.

Monique e Jairo Souza seguem como réus no processo

Monique Medeiros e o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior continuam respondendo pelo crime de homicídio duplamente qualificado, além de acusações de tentativa de obstrução das investigações e ameaças a testemunhas. O caso segue tramitando na Justiça, sem previsão de julgamento.

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