A Câmara Municipal de Araruama, em sessão plenária realizada nesta quinta-feira (9), decidiu reprovar as contas de 2023 da ex-prefeita Lívia de Chiquinho. A decisão seguiu o parecer técnico desfavorável do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
A votação, inicialmente prevista para o dia 30 de setembro, foi adiada para garantir à ex-prefeita seu direito de defesa. No entanto, Lívia de Chiquinho não nomeou um advogado para representá-la. Com a presença da maioria dos vereadores, o plenário seguiu o entendimento do TCE e do corpo jurídico da Câmara, que também recomendou a rejeição das contas.
Durante a sessão, o vereador Fernando Daniel destacou a natureza técnica e imparcial do julgamento: “Não existe um julgamento pessoal. Quem somos nós, vereadores, simples mortais, diante dos números? Lá atrás, desde a introdução da Matemática, o filósofo Pitágoras já tratava a Matemática como uma verdade absoluta. 2+2 sempre será 4”, afirmou, sublinhando sua experiência de 34 anos na área contábil.
O vereador Amigo Walmir também expressou sua preocupação com a má administração dos recursos públicos: “Quando a gente erra com o nosso dinheiro em casa, deixa de pagar alguma coisa. Agora, errar com o dinheiro público, dinheiro esse que é meu, é seu, é de todo mundo, é muito preocupante”.
A votação terminou com unanimidade, 16 votos a 0, pela rejeição das contas. Entretanto, a vereadora Roberta Barreto estava ausente e não justificou sua falta.
O impacto desta decisão estende-se além de Lívia de Chiquinho, afetando alianças e estratégias políticas em Araruama. Esta situação tornou-se um tópico amplamente discutido nos círculos políticos da região, especialmente com relação aos próximos ciclos eleitorais.
Até o fechamento da matéria, a ex-prefeita Lívia de Chiquinho não se pronunciou sobre a decisão da Câmara. O espaço segue aberto para manifestação da ex-prefeita de Araruama.
