Na quarta-feira (1), educadores da rede municipal de Rio das Ostras saíram às ruas para exigir condições de trabalho mais justas e a efetivação de seus direitos. A greve de 24 horas foi promovida pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), incluindo um ato às 8h e uma assembleia às 13h em frente à sede da Prefeitura.
A Lei Municipal nº 962/2005 determina a revisão salarial e de benefícios para os servidores municipais, ativos e aposentados, estabelecendo o dia 1º de outubro como data base para essa revisão anual, como firmado pelo então prefeito Carlos Augusto Balthazar (PL). Apesar disso, a normativa não foi colocada em prática, e o prefeito, que asseverou priorizar os servidores durante a campanha eleitoral, parece ter falhado em cumprir sua promessa.
O movimento grevista, motivado pela inação governamental, inclui demandas por recomposição salarial, ajuste de perdas, inclusão de 15 novos cargos no Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV), atualização do PCCV conforme a exigência trienal da lei e um calendário unificado para todas as instituições da rede municipal.
De acordo com a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, as atividades escolares em Rio das Ostras foram suspensas devido à paralisação. Representando o prefeito ausente, o procurador-geral do município, Renato Vasconcellos, encontrou-se com os servidores, mas foi recebido com vaias, sinalizando a frustração e o descontentamento dos profissionais com a gestão municipal.
Os trabalhadores persistem na busca por um diálogo direto com o prefeito visando garantir o cumprimento de seus direitos. Até o momento, a posição do prefeito Carlos Augusto está em aberto para consideração.