29 de outubro de 2025 - 10:20
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MPRJ realiza operação em Búzios e encontra animais em situação de maus-tratos

Ação conjunta com órgãos ambientais resulta na apreensão de 92 animais e prisão da responsável pelo Instituto Larissa Saruê

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por intermédio da 1ª Promotoria de Justiça de Armação dos Búzios e com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), conduziu nesta terça-feira (21/10) uma operação conjunta com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). O objetivo foi cumprir mandados de busca e apreensão no Instituto Larissa Saruê, Organização Não-Governamental sediada em Armação dos Búzios, após denúncias de maus-tratos a animais silvestres e domésticos.

Durante a ação, fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) constataram a gravidade das irregularidades: diversos animais foram encontrados mortos, enquanto outros apresentavam claros sinais de negligência e sofrimento. Ao todo, 92 animais foram apreendidos — muitos deles mantidos em condições insalubres que ameaçavam tanto o bem-estar das espécies quanto a saúde das pessoas do entorno. Os sobreviventes foram encaminhados para instituições especializadas no acolhimento e recuperação de animais silvestres. A responsável pelo local foi detida e responderá por crimes de maus-tratos contra animais.

De acordo com informações contidas na petição encaminhada à 2ª Vara de Armação dos Búzios, a Promotoria havia recebido uma série de denúncias que apontavam não apenas os maus-tratos, mas também irregularidades nas atividades do Instituto. Segundo as investigações, a ONG realizava resgates e solturas de animais silvestres sem as autorizações legais e sem os manejos técnicos adequados, além de transportar animais para apresentações e palestras em condições inadequadas.

O MPRJ lembrou ainda que, em agosto de 2024, o INEA já havia efetuado uma vistoria no mesmo local. Na ocasião, foram verificados indícios de cativeiro irregular, ausência de iluminação natural, falta de alimentação e água apropriadas, além de condições de higiene precárias. A equipe de fiscalização também identificou aves ameaçadas de extinção — como o papagaio-chauá — e até mesmo exemplares mortos em recintos inadequados. Diante dessas constatações, o órgão ambiental determinou a suspensão imediata das atividades do Instituto até que fossem adotadas medidas para garantir o bem-estar e a integridade física dos animais.

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