Na tarde desta quarta-feira (14), a sessão da Câmara Municipal de Casimiro de Abreu foi palco de um episódio que, infelizmente, ilustra o que vem se tornando cada vez mais comum na política local: a substituição do diálogo construtivo pela troca de farpas. Os vereadores Pedro Gadelha (União) e Marcelo Mota (PL) protagonizaram um bate-boca acalorado que expôs publicamente a fragilidade do debate político na cidade.
Tudo começou quando Marcelo Mota, em meio às discussões sobre a atuação do Executivo, decidiu relembrar passagens do passado de Pedro Gadelha — uma tentativa clara de descredibilizar seu colega ao invés de rebater seus argumentos com ideias ou dados. A estratégia, velha conhecida da política, mostra como ainda há quem prefira o ataque pessoal ao enfrentamento do debate público com seriedade.
De acordo com fontes, a discussão se estendeu mesmo após o término da sessão, tomando proporções ainda mais intensas. O que poderia ter sido apenas um ponto de divergência política se transformou em uma briga de egos, desviando o foco do que realmente importa: o interesse da população casimirense.
O papel do vereador é questionar, fiscalizar e propor soluções. Quando essas funções são substituídas por embates pessoais e ataques morais, o verdadeiro sentido da democracia local se perde. O cidadão que acompanha as sessões da Câmara espera ver maturidade política, transparência e compromisso com o bem comum — não um ringue verbal onde as vaidades falam mais alto que as ideias.
O episódio entre Gadelha e Mota serve como alerta e reflexão. A política municipal não pode ser reduzida a um palco de egos feridos. É urgente resgatar o respeito mútuo e a ética no debate público, pois é apenas com diálogo, responsabilidade e foco nos problemas reais que se constrói uma cidade mais justa e democrática.


