No dia 23 de outubro, os guarda-parques Aurenio Perrut e Ivan Mota realizavam o manejo de uma trilha Parque Estadual do Desengano do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Campos dos Goytacazes, quando flagraram um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) escalando uma árvore.
No registro, o animal pode ser observado sobre uma das árvores do parque, após ter subido com a destreza típica da espécie — possibilitada pelas garras afiadas e a cauda utilizada para se locomover e se firmar nos troncos. Tipicamente encontrado na Mata Atlântica e outros biomas, o tamanduá-mirim é tanto arbóreo quanto terrestre, e se alimenta de formigas e cupins.
O tamanduá-mirim tem papel fundamental na natureza: conforme se alimenta dos insetos, ajuda a controlar suas populações, mantendo o equilíbrio da natureza. Ele também utiliza suas garras afiadas para abrir formigueiros e cupinzeiros, ajudando a revolver e aerar o solo, o que contribui para o ciclo de nutrientes e, consequentemente, para a saúde do meio ambiente.
Sobre o Parque Estadual do Desengano
Criado em 1970 (Decreto Lei Estadual nº 250/1970), o Parque do Desengano é a mais antiga unidade de conservação estadual do Rio de Janeiro. Com 21.365,82 hectares, a unidade de conservação abrange parte dos municípios de Campos dos Goytacazes, São Fidélis e Santa Maria Madalena, e é reconhecida internacionalmente como uma IBA (Important Bird and Biodiversity Area), ou seja, uma área prioritária para conservação da biodiversidade de aves, pela BirdLife International.


