A alegria pelo lançamento do início das obras de desassoreamento do Canal do Itajuru, em Cabo Frio, durou pouco. O Ministério Público Federal, por meio de ofício enviado à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, quer saber se houve estudos ambientais e projetos referentes à dragagem do canal, situado na Lagoa de Araruama.
O evento de lançamento ocorreu nesta quinta-feira, dia 31.
De acordo com o MPF, as Estações de Tratamento da região funcionam de forma deficiente. Além disso, há o risco do despejo de esgoto sem tratamento na Lagoa ser direcionado para o mar a partir das obras, colocam dúvidas sobre o projeto.
Por conta disso, o procurador da República Leandro Meditieri pede que o governo do Estado esclareça “potenciais efeitos negativos das obras de dragagem”.
O MPF quer saber também se houve avaliação da dimensão do esgoto presente na Lagoa de Araruama que será lançado no litoral de Cabo Frio a partir do término das obras, bem como os riscos à balneabilidade das praias.
“Deve ser também informado se foi avaliada tecnicamente a dimensão da dragagem necessária no Canal do Itajurú para se evitar que, muito em breve, já esteja assoreado o canal novamente, o que tornaria inócua a realização das obras sob exame”, pontua. O MPF estabeleceu prazo de 15 dias para resposta.
Canal do Itajuru – O Canal do Itajuru possui seis quilômetros de extensão navegável, ligando a laguna Araruama ao oceano Atlântico. Está localizado nos municípios de São Pedro da Aldeia e, na sua maior parte, em Cabo Frio.