O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou quatro ex-funcinários do grupo empresarial Álcool Química Canabrava S. A — Ludovico Tavares, Antonio Luis de Mello e Souza, Rodrigo Luppi e Felipe Bellotti — por organização criminosa, estelionato, crime ambiental e contra a ordem econômica.
Os empresários são acusados de misturar metanol, substância considerada altamente tóxica, ao combustível fabricado pela companhia que, na sequência, recebia certificado de qualidade falso e era vendido para as principais distribuidoras do país, como Ipiranga, Petrobras e Shell, alheias ao esquema criminoso. Com a fraude, o grupo obteve vantagem ilícita superior a R$ 9 milhões.
A investigação teve início a partir da representação da nova gestão da empresa Álcool Química Canabrava, após a destituição dos denunciados Ludovico Giannatasio e Antonio Luis, que ocupavam as posições de diretor-presidente e diretor executivo, respectivamente. O combustível passou por análise da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que constatou a adulteração do etanol.
Nesta quinta-feira (1), agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados, por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) também determinou o bloqueio dos bens dos quatro acusados.
O grupo empresarial Canabrava foi denunciado pelo artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais.