No dia 2 de janeiro, Gabriela Silva Souza, de 27 anos, foi morta por asfixia, dentro da casa onde morava com os dois filhos. O acusado do crime é o ex-marido da vítima, Fábio Araújo Silva que, segundo testemunhas, não aceitou a separação após ter sido descoberto traindo a esposa.
O juiz Luís Gustavo Vasques, da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, aceitou a denúncia do Ministério Público contra Fábio Araújo da Silva, que está preso preventivamente e irá responder por homicídio triplamente qualificado: emprego de asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima, e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
De acordo com informações dadas pelas testemunhas e parentes próximos, após descoberta a traição, Gabriela teria pedido a separação, dando um prazo até janeiro desse ano para que Fábio encontrasse um novo local para morar. O acusado teria informado que se mudaria no dia 2 de janeiro, data do feminicídio.
Na decisão, o magistrado destacou que o fato imputado ao réu constitui crime e que não se verifica presente causa de extinção de punibilidade.
“O réu cometeu o delito de homicídio contra sua companheira mediante constrição de seu pescoço, vindo a vítima a morrer em decorrência de sobredita esganadura. Foram preenchidos todos os requisitos indispensáveis ao regular exercício do direito de ação, com destaque para a chamada justa causa”.