A tragédia da Piedade

O episódio marcou a história brasileira no início do Século XIX e tirou a vida de um dos maiores nomes da literatura brasileira

No dia 15 de agosto de 1909 morreu prematuramente Euclides da Cunha, um dos maiores nomes da literatura brasileira cuja obra ainda hoje é estudada no âmbito acadêmico e reconhecida por seu regionalismo e neologismo típicos do período pré-modernista e influentes no modernismo. O episódio da morte do escritor ficou conhecido como “A Tragédia da Piedade”. Euclides da Cunha é o autor de “Os Sertões” que narra a Guerra de Canudos e também retrata a vida e sociedade do povo que vivia no sertão da Bahia, liderados por Antônio Conselheiro. No ano de 1857, ele se tornou correspondente de guerra do então jornal “A Província de São Paulo” – hoje “O Estado de São Paulo” – e viajou para Canudos, na Bahia, a fim de cobrir os conflitos que envolviam a população local e o exército brasileiro, conhecido na História como Guerra de Canudos, se ausentando por longo tempo de sua família. Euclides da Cunha era casado com Anna Emília Ribeiro e ela envolveu-se com um jovem cadete, Dilermando de Assis, 17 anos mais jovem, e teve dois filhos com ele, sendo que um deles morreu ainda bebê. A situação ocasionou uma tragédia quando Euclides, armado com um revólver, invadiu a casa de Dilermando. Os disparos feriram gravemente Dilermando e seu irmão, sendo que Euclides acabou sendo morto pelo cadete. Dilermando de Assis foi julgado por um tribunal militar e foi absolvido. Posteriormente, casou-se com Anna Ribeiro. A história de Euclides da Cunha foi contada em minissérie produzida pela Rede Globo, intitulada “Desejo”, estrelada por Tarcísio Meira e Vera Fischer.

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