Ter um animal de estimação requer responsabilidade e muito amor, principalmente se for exótico. A bailarina e bióloga Giselle Kenj tem como filhos, três cobras da espécie Píton, intituladas carinhosamente por ela como “babies”. Além de espaço destinado aos répteis Tiger, Rah e o Hórus, normalmente ficam soltos pela casa e na maioria das vezes, dormem com ela na mesma cama. Para criação desses tipos de animais, os cuidados são inúmeros, no inverno a necessidade de aquecimento por lâmpadas e aquecedor é maior, para evitar doenças respiratórias fatais como a pneumonia.
O ar seco dessa estação também exige banhos e hidratação frequentes, evitando o desenvolvimento de infecções cutâneas fúngicas e bacterianas. Os “babies” também participam de suas apresentações de dança árabe, representando, como na antiguidade, a “dança da serpente”, por serem considerados em algumas culturas e religiões, animais sagrados que simbolizam sabedoria, fertilidade, ascensão espiritual e superação.
“É inexplicável a sensação quando eles participam das minhas apresentações, me sinto elevada ao topo da serenidade. Vivemos em harmonia desde quando eram bebês. Tomo todos os cuidados para que sintam amados e reconheço suas expressões como qualquer outro tipo de animalzinho, aprendi a captar quando demostram carinho, mau humor, prazer, curiosidade, alegria, atenção e alerta”, diz a bióloga.